terça-feira, 12 de julho de 2011

Crítica : Qualquer Gato Vira-Lata

Mais uma Decepção do Cinema Nacional.

Tati (Cléo Pires) é apaixonada por seu namorado, o mimado e riquinho Marcelo (Dudu Azevedo), fazia tudo para mantê-lo sobre controle, mas o cara era um mulherengo e eles acabaram dando um tempo. Disposta a reconquistá-lo, ela acaba se oferecendo como "cobaia" para o professor de Biologia Conrado (Malvino Salvador), que defende uma tese polêmica sobre a harmonia entre as conquistas amorosas dos humanos e as atitudes dos animais. No começo, a experiência acaba dando certo, mas na medida que os dias passam, aluna e professor começam a vivenciar um novo momento e pintou um cheiro de romance no ar. Será que vai dar certo? 

Realmente não é fácil levar uma peça teatral para o cinema, mas dos poucos que tentam, poucos conseguem. Destaque para o diretor do filme, Tomás Portella, que tentou e infelizmente não obteve sucesso. O filme reúne grandes astros do cinema nacional, como Malvino Salvador, Cléo Pires e Dudu Azevedo, os protagonistas do filme, que levam adiante uma história díficil de entender, e condizer ao tema. Para começar um título, Qualquer Gato Vira Lata, merecia um título mais adequado ao assunto que o filme desenvolveria, porém foi escolhido esse (por ser o mesmo da peça de teatro e por representar a mesma), no teatro o título é ainda considerável, porém no cinema, não ficou adequado.

O filme agrada, pelo carisma de Clé Pires, o cinismo de Dudu Azevedo e a seriedade de Malvino Salvador, e por arrancar alguns sorrisos (forçados) em algumas poucas cenas. A estréia de Tomás Portella na direção, foi a primeira grande decepção da sua carreira no ramo. O filme agrada os menos exigentes, e principalmente os que não viram a peça teatral. O filme é realmente bem feito, e obedece as regras do gênero, com descobertas do amor verdadeiro, empecilhos, e o típico (e incômodo) final feliz. Apesar de apresentar uma seriedade espontânea, Malvino Salvador acrescenta ao seu personagem, um ar severo, que o torna chato e incomoda, até a hora que percebemos que ele se apaixona pela personagem da Cléo Pires.

Outro ponto importante de mencionar é atuação do Álamo Facó. Quando estava procurando informações e opiniões de quem assistiu o filme, muitos disseram que valia ainda mais pela atuação do Álamo Facó que era hilário. Aguardei, porém não vi graça alguma nas piadas dele, apenas falta dela, pois além de forçadas as piadas são mal elaboradas e incomoda, e muito, até mesmo, atrapalha o desenvolvimento do personagem dele e do Dudu Azevedo que entra nas graças dele, tentando elaborar piadas (para arrancar riso do públicco), porém também não consegue. 

Achei o filme, bem mediano, nada muito meloso (vide crespúsculo) e nada tão engraçado nem diferente do que costumamos ver no cinema semanalmente, diversas comédias romântica despretensiosas, sem propósito e sem graça, que arrancam pouco riso. Em, Qualquer Gato Vira Lata, o roteiro deixa a desejar, a falta de realismo incomoda também, e a decepção já começa com o trailler (que já demonstra a qualidade do filme) bem mínima. O filme não convence, poderia ser muito melhor e demonstra a decadência (cada dia que passa) do cinema nacional, principalmente das comédias românticas. Destaque para o final, que foi uma das melhores cenas do filme, e induz o telespectador a se interessar mais no filme.

                                                                                Nota 4                                                                      

Informações sobre o filme : 
Título : Qualquer Gato Vira Lata (2011) 
Direção : Tomás Portella 
Elenco : Cléo Pires, Malvino Salvador, Dudu Azevedo, Álamo Facó 
Duração : 95 Minutos 
Gênero : Comédia Romântica

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