quinta-feira, 7 de julho de 2011

Crítica : Confusões em Família

Com um assunto bom o filme deixa a desejar.

Nova York. Vince Rizzo (Andy Garcia) é um guarda de prisão que se surpreende ao ver o nome de um integrante de sua família entre os novos condenados. Trata-se de Tony Nardella (Steven Strait), seu filho, por ele abandonado há 20 anos. Agora casado e com uma nova família, Vince resolve acolhê-lo em sua casa. Só que ele nada conta sobre o parentesco existente para sua família e também para o próprio Tony. Este segredo é apenas mais um na família Rizzo. Joyce (Julianna Margulies), a esposa de Vince, frequenta aulas de interpretação sem que alguém saiba. Vivian (Dominik García-Lorido), a filha deles, finge ser uma universitária mas na verdade trabalha em uma boate, como stripper. Já Vince Jr. (Ezra Miller) finge estar fora de si para esconder de todos seu fetiche sexual

Eu como crítico, ja deixei muitas vezes bem claro como analiso um filme. Como sou um critico mais adequado para opinar filmes de comédia, acho que a comédia em si, não é boa para fazer rir, pois fazer rir qualquer um besteirol consegue, é entreter o público e colocar em jogos situções que causem o riso, porém, não nada que contenha uma besteira, pois sabemos diferenciar palhaçadas de risadas. Em confusões de família, o filme não consegue diferenciar a comédia do drama.

O filme diz ser uma comédia, mas pra mim não arrancou muitos sorrisos. Pra começar, o filme tem uma história muito boa, digna de uma boa comédia, mas ao tentar implantar situações de drama, e momentos e situações dramáticas, o filme peca, por não ter comédia. É o filme onde temos um certo drama, e aquele costumeiro final feliz, típico de uma comédia, porém, nada convencional a um filme que se desenrolava dramático.

O primeiro erro, foi a atuação do Andy Garcia, que não é engraçado e demonstrou atuando como um dramático pai de família. Segundo, os modos que o filme tenta arrancar risos : Filho com um fetiche estranho : Atração por mulheres obesas (engraçado porém, não funcional e ja testado em outros filmes), Mãe apaixonada pelo sujeito que rejeitou no início, sem saber que seria filho do seu esposo, Filha Stripper, Filho detento e acolhido pela família, Pai ator de teatro. Então vejamos, o filme tenta ironizar de diversas formas algo que todos escondem, que no final todas histórias e segredos são revelados.

O filme ao tentar envolver situações que poderiam ser engraçadas, erra, por não saber conduzi-las, realmente o filme vale mais pelo drama do que pela comédia. Realmente não posso negar que o filme tem uma boa história, mas por não saber conduzi-la, o filme erra. Todo elenco se esforça para arrancar alguns momentos de riso, porém não conseguem. Eu me senti assistindo uma TELA QUENTE, na Globo. É um bom filme para assistir com a família e dar algumas (poucas) risadas e ficar apreensivo e mais interessado pelo drama do final do filme e o típico final feliz.

                                                                               Nota 6                                                                      

Informações sobre o filme :
Título : City Island (2009)
Gênero : Comédia
Duração : 100 min
Direção : Raymond de Fellitta
Elenco : Andy Garcia, Emilly Mortiner, Juliana Margulies

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