sábado, 18 de fevereiro de 2012

Crítica : Planeta dos Macacos - A Origem

Bela Reinvenção de um Clássico do Cinema. 

No mundo contemporâneo, o jovem cientista Will Rodman (James Franco) está a frente de um grupo de pesquisadores que desenvolvem experimentos genéticos em macacos. Uma de suas experiências é o símio César (Andy Serkis) que com sua super inteligência vai liderar uma rebelião contra os humanos. 

Se um dia imaginávamos outro filme seguindo a linha de King Kong, encontramos vendo Planeta dos Macacos... Uma Ficção Científica repleta de Ação. O olhar humano que se percebe através das feições símias de Cesar causa uma mistura de fascínio e puro terror (e não só o dele... o macaco com a cicatriz é talvez o monstro mais assustador do cinema recente). Serkis, ator que ficou famoso ao viver Golum em O Senhor dos Anéis e que se especializou na técnica da captura de performance, tendo atuado desde então em King Kong e Tintim, é certeiro no equilíbrio entre humanidade e selvageria que dá ao personagem. 

Seu Cesar é um pit-bull... um animal dócil e companheiro, mas que pode provar-se uma ameaça explosiva em segundos. As cenas de Ação são extremamente bem elaboradas, e a fúria e revolta de Cesar também muito bem retratada. Eu fiquei muito contente com a atuação de James Franco como protagonista, e também a atuação secundária, mas bacana, do ator Tom Feltom. Freida Pinto e Brian Cox também se saíram bem, mas é importante ressaltar que os papéis desempenhados por ambos é um pouco secundário, pois a importância, a essência, do filme, são os macacos, que roubam a cena, e são os protagonistas do filme. 

Como havia salientado anteriormente, o roteiro mesmo exclui os personagens humanos do filme, pois da metade ao seu término, eles ficam sem importância no filme, apenas com o papel de fugir, reivindicar, e tentar evitar a destruição, e assim, eles ficam um pouco obscuro, deixando o Brilho, para a macacada. O único que tem um brilho a parte, assim como a macacada toda é John Lithgow, por sua vez, tem as melhores cenas do filme fora do núcleo símio. É a doença de seu personagem, o Mal de Alzheimer, afinal, que motiva seu filho (Franco) a realizar experiências genéticas em macacos. 

 Cesar é o resultado de um desses testes. É também o pai, um erudito, quem batiza o pequeno chimpanzé como o ditador romano. Em sua cabeceira repousa Julio César, a obra de William Shakespeare - e encontra-se nesse ponto da trama outro dos melhores momentos da produção. Cesar tem inicialmente muito mais de Marcus Brutus, o centro das atenções da peça do escritor inglês, do que traços do ditador. Em meio à ação e ao suspense, afinal, são os conflitos entre honra, lealdade à raça e amizade - que encontram paralelos nos dilemas de Brutus - que movem o protagonista de O Planeta dos Macacos: A Origem

Enfim, é uma ficção em junção a uma ação em luta a sobrevivência... Surpreendente, o filme agrada por todos os pontos, e também, principalmente na parte de retratar o sentimentos dos macacos, protagonistas : a revolta, e a busca pela liberdade. 

                                                                               Nota 9                                                                        

Informações Sobre o Filme : 
Título : Rise of the Planet of the Apes (2011) 
Gênero : Ficção Científica 
Elenco : James Franco, Freida Pinto, John Lthgow, Tom Felton 
Duração : 106 min 
Direção : Rupert Wyatt

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