O filme tinha tudo para ser bom, mas alguns detalhes
atrapalham lindamente o desenvolvimento do filme.
Cada Um Tem a Gêmea que Merece, é uma comédia focada em Jack Sadelstein (Adam Sandler), um publicitário de sucesso em Los Angeles com uma bela esposa e filhos, que ano após ano teme um evento: a visita de sua irmã gêmea idêntica Jill (também Adam Sandler) no feriado de Ação de Graças. A carência e a atitude passivo-agressiva de Jill enlouquece Jack, transformando sua vida normalmente tranqüila de cabeça para baixo. Katie Holmes interpreta Erin, esposa de Jack.
É difícil para nós fãs, quando vemos que nossos astros não fazem mais seus trabalhos para ganhar dinheiro, renderem lucro, fazem por fazer... e isso incomoda demais, pois quando a pessoa faz um filme por conta própria, seu desempenho cai progressivamente, e é o caso de Adam Sandler, que demonstrou nos seus últimos filmes que atua e dirige por diversão e não para lucrar ou ganhar dinheiro, pois, aparentemente este nem precisa mais (risos). O maior Problema do filme Cada um tem a Gêmea que Merece, não está só em Sandler.
Primeiramente, é difícil ver um filme do Sandler, onde suas piadas dão certo devido a escatologias e vulgaridades, como vemos em Click, Eu os Declaro Marido e... Larry e muitos outros, então ver um filme em que este aparece com piadas comuns, sem as apelações de sempre, já não conseguimos captar tanto humor, tanto é, que nesse filme, o ator, tentou usar a mesma fórmula de Gente Grande, incrementar a relação familiar dentro do roteiro, e acabou errando lindamente, novamente. Se era necessário usar toda a situação familiar, que usasse de forma mais correta, e não desenvolver no filme, uma relação de irmãos, que há desentendimento, pois, é muito clichê, por ser muito real.
Outro grande erro do filme, é a presença de Al Pacino totalmente desnecessária. É notório, todos sabem, todos apostariam, todos veem, que é difícil tirar alguém de sua especialização e colocar numa área que não tem nada haver... É como se pedissem a um pedreiro para trabalhar 1 semana de motorista de ônibus, não há condição, não é necessário, e baseando-se nisso, analisei a presença de Pacino totalmente vaga. Tiraram o cara dos filmes de ação, onde ele é um dos melhores, para colocarem uma comédia chula, onde ele interpreta um louco apaixonado, totalmente psicótico... Eu odiei a participação dele, pois foi muito vaga, super desnecessária.
Mas o pior de tudo, são as formas que o filme tenta criar humor... É perceptível que o problema principal desse filme foi o Sandler, que fazendo dois papéis, aparentava fazer um só, pois viveu na mesmice do início ao fim, o que incomodou, por não dar em algumas cenas, para diferenciar os personagens, pois já tinha virado tudo bagunça, e ficou muito confuso. As formas que o filme tenta arrancar risos, é com cenas comuns do dia a dia, algumas tão clichês que chegam a ser patéticas, e outras, totalmente sem graça, como a do pônei... O que me surpreendeu foi que ao meio de tanta palhaçada, o inseparável amigo de Sandler, Rob Schneider não tenha ganhado nenhum papel de coadjuvante como sempre (risos)...
Eu sinceramente sou um dos fãs mais póstumos do Sandler, mas, não curti muito o filme, pois fugiu bastante do estilo Sandler de atuar e dirigir, pois, ao puxar para o famoso "drama familiar" o filme se perde, relatando do começo ao fim, a desunião familiar, e terminando com o típico final feliz... Infelizmente, não recomendo o filme, pois é bem clichê, com atuações realmente desnecessárias, e outras muitissímo ruins, e com um roteiro super fraco, que tentou se igualar ao de "Gente Grande" e conseguiu, inacreditavelmente, ficar ainda pior. O filme não é ruim, pois em algumas cenas, consegue arrancar alguns risos, mas não o suficiente pra valer viagem.
Nota 4
Informações Sobre o Filme :
Título do Filme : Jack and Jill (2012)
Gênero : Comédia
Elenco : Adam Sandler, Al Pacino, Katie Holmes, Allen Covert
Direção : Dennis Dugan
Duração : 91 min
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