segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Crítica : A Família do Bagulho

E quem diria que seria bom ?! 

Após ser roubado, o traficante de meia tigela David Clark (Jason Sudeikis) é obrigado por seu chefe, Brad Gurdlinger (Ed Helms), a viajar até o México para fechar uma negociação envolvendo um grande carregamento de maconha. Para tanto David precisa formar uma família de mentira e com isso convida a stripper Rose O'Reilly (Jennifer Aniston) para ser sua falsa esposa. A delinquente Casey (Emma Roberts) e o virgem Kenny (Will Poulter) logo entram no plano e juntos eles formam os Miller, que aparentemente estariam fazendo uma pacata viagem rumo ao México a bordo do trailer da família. Entretanto, ao longo do caminho os antigos hábitos voltam à tona e nem tudo sai como o planejado. 

Assistir "A Família do Bagulho" me ensinou a jamais julgar o livro pela capa... Sim, quando vemos uma comédia em cartaz com um título tão esdrúxulo quanto, o que pensamos ?! Que é um filme ruim, sem graça ou até mesmo sem noção... Que NADA ! Família do Bagulho é bem melhor do que parece ser. Fui receoso assistir esse filme, já que achei o título muito sem noção pra um filme do gênero. Acabei me surpreendendo, e saí da sessão extremamente contente com o que vi. 

O filme conta a história de um traficante que em troca de uma dívida parte pro México em busca de drogas, com uma família fictícia : Sua vizinha stripper, seu vizinho adolescente e uma moradora de rua. Após algumas mudanças no visual, e etc eles partem viagem fingindo ser uma família que está tirando férias... E daí o filme é desenvolvido ! No meio a escatologias, os protagonistas consegue nos fazer rir sem compromisso em algumas cenas. Temos que confessar, que esse roteiro já foi muito retratado em outros filmes, como em "Segurando as Pontas", dentre outros... O diferencial desse filme, é que o diretor buscou construir ao longo dessa "viagem" o apego e o enlace em família. 

O elenco principal é muito bom, e destacam-se extremamente bem... Mas alguns personagens não encaixam-se de forma esperada no filme, como Ed Helms (o vilão da situação), que não combinou com o enredo do filme atuando de forma escatológica e extremamente sem graça nas poucas cenas que aparece. Realmente os erros não comprometem o filme, que tem mais méritos do que erros. Indico o filme pra quem procura uma comédia familiar divertida e diferente... Muito bom ! 

OBS : O título nacional "Família do Bagulho", refere-se as "drogas" que são tratadas no filme, mas o encaixe foi extremamente indevido já que não calhou ao título original "We're the Millers"(Nós somos os Millers) ! 

                                                                              Nota 9                                                                       

                                  

Crítica : Faroeste Caboclo

João de Santo Cristo do jeito que iamginavámos... 

João (Fabrício Boliveira) deixa Santo Cristo em busca de uma vida melhor em Brasília. Ele quer deixar o passado repleto de tragédias para trás. Lá, conta com o apoio do primo e traficante Pablo (César Troncoso), com quem passa a trabalhar. Já conhecido como João de Santo Cristo, o jovem se envolve com o tráfico de drogas, ao mesmo tempo em que mantém um empregro como carpinteiro. Em meio a tudo isso, conhece a bela e inquieta Maria Lúcia (Ísis Valverde), filha de um senador (Marcos Paulo), por quem se apaixona loucamente. Os dois começam uma relação marcada pela paixão e pelo romance, mas logo se verá em meio a uma guerra com o playboy e traficante Jeremias (Felipe Abib), que coloca tudo a perder. 

O bom de obras deixadas por grandes ícones, é que um dia ela pode ser representada de forma magistral no cinema, e tratando-se disso, Renato Russo deve estar muito mais tranquilo onde quer que esteja depois desse filme. Depois de ter sua imagem ofuscada, após o terrível "Somos tão Jovens", chega aos cinemas "Faroeste Caboclo", a adaptação cinematográfica de um dos grande sucessos do Legião Urbana, onde em seus 12 minutos de duração, desenvolve a trajetória de João de Santo Cristo. Fui ao cinema cheio de expectativa quando vi esse filme, e sai extremamente emocionado, gratificado e muitissimo satisfeito. 

O diretor do filme, René Sampaio desestruturou totalmente a música de Renato Russo... Se para muitos isso foi ruim, ao meu ver veio muito bem a calhar. Sampaio inverte algumas cenas, não seguindo de forma cronológica a música, o que encaixou de forma brilhante ao filme... Além dessa mudança, Fabrício Boliveira atuou excepcionalmente encarnando de forma sensacional o protagonista do filme. Diferente de muitos filmes, o elenco de apoio também colaborou com a produção, como Isís Valverde (Maria Lúcia) e o vilão Felipe Abib (Jeremias). Algumas passagens foram acrescentadas pelo diretor, fugindo um pouco do foco da música mas calhando bem em algumas partes. 

Mais que recomendo o filme... Ao meu ver, esse foi o melhor filme do ano até agora, e acho que por mais que saibamos o fim, merecemos assistir inúmeras vezes esse longa. E pra completar a excepcional exibição, durante os créditos a música é exibida inteira, e na minha sessão por exemplo, formou-se um coro de todas as pessoas cantarem juntas e saírem apenas após o termino... Excelente, emocionante, MAGNÍFICO ! 

                                                                            Nota 10                                                                     

Crítica : Se beber, não Case - Parte III

O final perfeito de um longa que não deveria ter fim... 

Alan (Zach Galifianakis) está deprimido devido à morte de seu pai. Preocupado com o cunhado, Doug (Justin Bartha) sugere que ele vá até um lugar chamado New Horizons, que pode torná-lo um novo homem. Alan apenas aceita a sugestão após Phil (Bradley Cooper) e Stu (Ed Helms) concordarem em levá-lo, juntamente com Doug. É o início de uma nova viagem do quarteto, que acaba sendo interrompida bruscamente pelos capangas de Marshall (John Goodman). O malfeitor está atrás de Chow (Ken Jeong), que lhe aplicou um golpe milionário, e acredita que os amigos ainda possuam contato com ele. Após sequestrar Doug, Marshall dá a Alan, Stu e Phil um prazo para que encontrem Chow e devolvam as barras de ouro por ele roubadas, caso contrário todos morrerão. O que o trio não esperava era que, para reencontrar Chow, teria que ir até Tijuana, no México, e também em Las Vegas. 

Entre as comédias hollywoodianas, Se beber não case foi a qual mais se destacou nos últimos anos, desenvolvendo as aventuras do quarteto maluco liderado pelas loucuras de Alan (Zach Galifianakis). O filme andou decaindo muito do primeiro ao último, visando que o primeiro foi extremamente bem visto pela crítica nacional. Confesso que esperava demais por esse filme, e não me arrependi, alias o filme é bom... Poderia ser melhor, mas mantém durante toda a exibição. Zach Galifianakis está melhor impossível, e as piadas encaixam-se super bem ao roteiro. 

Ken Jong rouba a cena, e desenvolve um papel surpreendente... Claro, que o filme mergulha em algumas cenas em uma sucessão de erros, mas nada que comprometa. Eu indico o filme pra quem quer rir ser compromisso, alias foi um ótimo fim para a história de Todd Philips, mas mpoderia ser muito melhor ! 

                                                                                Nota 7